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Diante da escravatura brasileira, uma expressão de longa duração da maldade humana, formas de extingui-la e entendê-la, nunca deixaram de ser buscadas. Discursos abolicionistas, com diferentes propostas e soluções, gradualistas e imediatos, se desenvolveram ao longo de todo o período imperial, desde a sua fundação. Entretanto, à medida que os contextos sociais e políticos se modificam, são necessários artifícios, históricos e literários para que o passado seja fielmente rememorado e investigado.
Neste contexto de resgate, tanto da história quanto da memória, é que se enquadra a obra “Vítimas Algozes”, de Joaquim Manoel de Macedo. Nesta obra, de indiscutível valor literário e teórico, o carioca resgata, através do ponto de vista do senhor escravocrata, três histórias distintas onde o escravo, vítima direta da escravidão, pode se tornar algoz de seus próprios senhores. Abordando a perversidade da vítima, Joaquim Manuel de Macedo, desenvolve uma espécie de abolicionismo às avessas.
Joaquim nasceu na província do Rio de Janeiro, em 25 de junho de 1820, e faleceu em 11 de abril de 1882. Era doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro; professor de corografia e história do Brasil do colégio Pedro II; "membro do conselho director da instrucção publica da corte; sócio fundador, 1º vice-presidente e orador do Instituto histórico e geographico brazileiro; sócio da sociedade Auxiliadora da indústria nacional e de outras; comendador da ordem da Rosa e da de Christo". Foi um dos brasileiros que mais enriqueceram as letras pátrias e como romancista, dramaturgo, poeta e historiador, seu nome ressoava e era aplaudido em todo o império.
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